terça-feira, 30 de junho de 2009

Deu no Diário Catarinense (Santa Catarina)

Senador afirma ser um dalit

Suplente do ministro Hélio Costa defende José Sarney no plenário

Ao fazer ontem discurso no plenário em defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) recorreu à teledramaturgia para explicar a crise política que atinge a instituição.

Irritado com as frequentes críticas por ser suplente e aliado de Sarney, Salgado disse que não quer ser um dalit do Senado – em referência aos integrantes da casta indiana inferior representada na novela Caminho das Índias, da TV Globo.

– Penso que, aqui, criaram aquelas castas, segundo a novela. O suplente é um dalit, não é? Sou um dalit, um intocável, suplente é um dalit. É o pior na escala. Só que meu voto é igual ao outro. Há aquele que se acha da casta mais alta. Como é o nome da casta mais alta na Índia? É o brâmane. Mas meu votinho de dalit é igual ao do brâmane na hora de apertar o botãozinho (do painel do Senado).

Na semana passada, Salgado bateu boca com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) depois que o tucano disse que, como suplente, o peemedebista não tinha autoridade para criticar os colegas que defendem a moralização do Senado.

Salgado é suplente do ministro Hélio Costa (Comunicações), que deixou o Senado para assumir o cargo no primeiro escalão do governo – o que permitiu que chegasse ao Senado indiretamente, sem votação popular.

Integrante da tropa de choque

Salgado é conhecido no Senado por integrar a chamada “tropa de choque” do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no período em que o parlamentar respondeu a uma série de processos no Conselho de Ética – o que resultou na sua renúncia à presidência da Casa. Agora, Salgado também se tornou um dos mais ardorosos defensores de Sarney, com discursos que condenam as críticas ao presidente do Senado.

O jornal Estado de S. Paulo afirma que a empresa do neto de Sarney, José Adriano Cordeiro Sarney, teve autorização de seis bancos para intermediar a concessão de empréstimos com desconto na folha de pagamento do Senado. José Adriano disse, na reportagem, que sua empresa fatura por ano menos de R$ 5 milhões.

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