quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Por quem meus sinos dobram*





Ou

O que me liga a você

Ou

Nossa História

Ou

Sardinha com chiclete



O ano foi 2004. Eu acabara de encerrar as atividades da minha agência e a produção do Araguari em Revista – o primeiro programa de Araguari na TV – e fazia planos de me estabelecer em Fortaleza, a bela capital cearense, a convite de amigos. Foi quando soube que um novo jornal (Jornal Cidadão) havia sido fundado em Caldas Novas e resolvi fazer uma visita, após indicado por uma jornalista e grande amiga.

Mesmo morando em Araguari, quase co-irmã de Caldas, raríssimas foram as vezes que eu havia ido à cidade das águas termais. Na verdade, eu não nutria muitas simpatias pela cidade, devo confessar.

Fazia um calor infernal naquele  19 de março e eu então, passeando pelas ruas da cidade, senti uma confusão de sentimentos que não poderia explicar. Não naquele instante. Acertei as tarefas e remuneração no Jornal Cidadão e, começava ali, a minha história de amor e lealdade a Caldas Novas.

Não foi uma adaptação fácil. Mas também não foi sofrida. Foi educativa, elucidativa e aos poucos, Caldas Novas ia me conectando a mim mesmo e à sua alma, à minha alma, à minha essência: pela primeira vez, minha ascendência goiana deu mãos ao meu coração mineiro e meu ninho começou a ser construído.

As amizades chegaram e os laços reforçados. As sensações tornaram-se mais fortes e as alegrias mais intensas. Assim como as paixões, os amores... E Luciano Beregeno se fez Caldas Novas no âmago, indivisível dela, inseparável. 

Escrevendo minha história também escrevi na História dela. Crescendo, a vi agigantar-se, indomável, maior que tudo aquilo que tenta torná-la pequena diante do mundo. Caldas Novas permite que muitos dos seus sejam pequenos e até traiçoeiros. Mas não se permite sucumbir à pequenez deles.
Veio o câncer e fui obrigado a me afastar dela, da minha Caldas Novas. 

Agora, quase completamente restabelecido me preparo para reencontrá-la, sorrir para esta Caldas Novas que me mostrou o porquê de me sentir tão preso a ela, como todos que viemos de fora nos sentimos: ela nos deu o direito de recomeçar, de renovar esperanças, de recriar nosso presente. É por isso que ela está em nosso sangue até muito mais que no daqueles que nela nasceram. Caldas Novas me acolheu, me amou e me aconchegou em seu regaço. A ela me entrego e sua gente rendo minhas homenagens.

É por ela que meus sinos dobram!

Artigo a pedido da mega mana Dri Martins, pra Revista Viaje, de Caldas Novas, em dezembro de 2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Lesado...

Preciso voltar a postar aqui...preciso mesmo!

;-)

sábado, 23 de abril de 2011

Resguardadas algumas proporções...

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA

Texto de Luiz Antônio Simas

Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".

Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?

É Villa Lobos, cacete!

Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.

Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.

Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil. Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.

Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.

Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.

Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de verticalmente prejudicado. O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal, ou horizontalmente prejudicado. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.

Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.

O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.

Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".

Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não. Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.

Abraços

Luiz Antônio Simas
(Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ney Viturino dá início à reforma do Balneário e assessoria do Bretas nega problemas com a prefeitura de Caldas Novas

Obra de reforma do Balneário Municipal é lançada em meio a muitas homenagens


da Redação

Foi realmente emocionante o lançamento das obras do Balneário de Caldas Novas. A empreitada, que será conduzida pela secretaria municipal de obras, vem resgatar a história do município, que no passado atraía pessoas em busca de curas para suas doenças nas águas termais.

Personalidades ilustres da cidade estiveram presentes, como a dona Beatriz e o senhor Paulo Tupá, família do homenageado Pedro Tupá, que dará o nome à obra; o senhor Diógenes, que chegou a Caldas Novas há mais de 30 anos buscando curar um reumatismo; dona Terezinha, que guarda a memória do Balneário em recortes de publicações através dos anos, todos representam esse passado que o município quer resgatar.

Estiveram presentes no local das obras vereadores, secretários e diretores municipais, além de moradores, incluindo muitos idosos, querendo prestigiar o evento dada a importância de preservar a memória de Caldas Novas.

O secretário de Obras, Luiz Mauro Donato abriu o evento, explicando à população que no projeto da arquiteta Elisangela Bessa consta, além das salas de banho, uma piscina para fisioterapia. Em seguida, falou a vereadora Gisélia Custódio, que falou sobre a importância da história do Balneário e sobre o projeto de lei que foi votado por ela homenageando a família Tupá. O secretário de Turismo, Ivan Garcia, também mencionou a história do local e enfatizou: “queremos resgatar o turismo de saúde na cidade”.

Desde 1910 existiu no local uma casa de banhos particular, que apenas em 1920 foi transformada em balneário público, com salas individuais. A partir de 1939, o Balneário passou a pertencer à prefeitura, que para atender a demanda crescente, em 1950 construiu um novo balneário no local, que existe até hoje e após 61 anos será reformado.

O vice prefeito Otaviano da Cruz relembrou sua infância, em que conduzia muitas pessoas necessitadas para tomar banho nas águas medicinais e reafirmou o seu orgulho em fazer parte do resgate desse passado.

O Prefeito Ney Viturino por sua vez, recebeu uma homenagem do cantor Rui Amado, antes mesmo de começar a discursar. Em seguida, emocionado, o prefeito conversou com os presentes, que contaram histórias do desenvolvimento de Caldas Novas a partir da década de 70, falando da contribuição de suas famílias para o município.

A Primeira Dama Eterna Maria leu passagens da vida de Pedro Cordeiro Tupá, escritas por Beatriz Tupá, professora dedicada de muitos dos presentes, sendo esse o maior legado de sua família, na definição dela própria.


Caso Bretas

O início da obra de reforma do Balneário Municipal de Caldas Novas também foi o momento para esclarecer a informação, tida como "mentirosa, desonesta e de má fé" por um secretário do governo que prefere não se identificar, de que a prefeitura estaria impedindo a rede Bretas de supermercados, de se instalar em Caldas Novas.

A mentira, que segundo este mesmo secretário, "foi parida em Caldas Novas e comprada por muita gente sem a preocupação de se informar a verdade", caiu por terra quando um assessor da Rede Bretas se pronunciou publicamente durante a cerimônia de início dos trabalhos de reforma do Balneário.

Em tom de desabafo, Ney Viturino (foto) passou a palavra ao assessor do supermercado Bretas, Túlio Cabral, para desmistificar o fato de que a prefeitura estaria impedindo a instalação do supermercado no município. “O que está sendo falado por aí não tem nada a ver. Estamos recebendo muito apoio da prefeitura, do prefeito, dos secretários. Tivemos hoje [sexta-feira, 15 de abril] uma reunião na promotoria e a promotora abriu um canal, no qual vamos trabalhar para fazermos aqui nosso supermercado e vamos aproveitar e agradecer o apoio do prefeito e dos secretários. Estamos com o alvará de construção em mãos e de 90 a 120 dias as portas estarão abertas. Vocês podem ter certeza de que, quem vai ganhar são vocês, os consumidores e nós também, porque Caldas Novas é importante para nós”, declarou o assessor. (com informações da SECOM/Caldas Novas)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

De mim pra mim mesmo...

One Of Us

If God Had a Name What Would It Be?
And Would You Call It to His Face?
If You Were Faced With Him in All His Glory
What Would You Ask If You Had Just One Question?

Yeah, Yeah, God Is Great
Yeah, Yeah, God Is Good
Yeah Yeah Yeah Yeah Yeah
What If God Was One of Us?
Just a Slob Like One of Us
Just a Stranger On the Bus
Trying to Make His Way Home
If God Had a Face
What Would It Look Like?
And Would You Want to See
If Seeing Mean That You Would Have to Believe
In Things Like Heaven and Jesus and the Saints
And All the Prophets
Yeah Yeah God Is Great
Yeah Yeah God Is Good
Yeah Yeah Yeah Yeah Yeah
What If God Was One of Us?
Just a Slob Like One of Us
Just a Stranger On the Bus
Trying to Make His Way Home
Just Trying to Make His Way Home
Back Up to Heaven All Alone
Nobody Call Him On the Phone
Cept For the Pope Maybe in Rome
Yeah Yeah God Is Great
Yeah Yeah God Is Good
Yeah Yeah Yeah Yeah
What If God Was One of Us?
Just a Slob Like One of Us
Just a Stranger On the Bus
Trying to Make His Way Home
Like a Holly Rolling Stone
Back Up to Heaven All Alone
Just Trying to Make His Way Home
Nobody Call Him On the Phone
'cept For the Pope Maybe in Rome

Um de Nós

Se Deus tivesse um nome, qual seria?
E como seria seu rosto?
Se você encontrasse com ele e toda a sua glória
O que você perguntaria, se você pudesse fazer apenas uma pergunta?

Sim, sim, sim, Deus é maravilhoso
Sim, sim, sim, Deus é bom
Sim, sim, sim, Sim

E se Deus fosse um de nós?
Apenas um desajeitado como nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando voltar para casa?

Se Deus tivesse um rosto
Com o que seria parecido?
E você gostaria de vê-lo
Se vendo significasse que você teria acreditar
Em coisas, assim como, o Céu, Jesus e os santos
E todos os profetas

Sim, sim, sim, Deus é maravilhoso
Sim, sim, sim, Deus é bom
Sim, sim, sim, Sim

E se Deus fosse um de nós?
Apenas um desajeitado como nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando do seu jeito voltar para casa
Apenas tentando do seu jeito voltar para casa
Voltar para o céu sozinho
Ninguém chamando-o ao telefone
Exceto pelo Papa, talvez em Roma.

Sim, sim, Deus é maravilhoso
Sim, sim, Deus é bom
Sim, sim, sim, sim, sim

E se Deus fosse um de nós?
Apenas um desajeitado como nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando do seu jeito voltar para casa
Como um Holly Rolling Stone
Voltar para o céu sozinho
Apenas tentando do seu jeito voltar para casa
Ninguém chamando-o ao telefone
Exceto pelo Papa, talvez em Roma.

Quem sou eu

Minha foto
Brasília, DF, Brazil
Bem, sou um cara simples, buscando coisas simples, mas com muita peculiaridade... Como Jornalista levo a sério meu trabalho e, sem falsa modéstia, o faço muito bem feito. Não tomem isso como arrogância ou prepotência. É que respeito minha profissão, muitas vezes mais que o próprio ser humano. Gosto de ser Jornalista, amo a profissão e a ela me dediquei a vida toda e me dedicarei enquanto me fôr possível exercê-la ou ela exercer seu fascínio sobre mim. Para mim, ser Jornalista, é uma honra! Mas não se engane... faço o que tem que ser feito, e não o que a maioria gostaria que eu fizesse!