segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A pedido de um amigo, minha opinião...


Sites de relacionamento são capazes de promover uma interação social verdadeira e efetiva?


A resposta à questão poderia ser simplória e monossilábica: não!

Mas, como é próprio da natureza humana, um “não”, necessariamente, deve ser acompanhado de alguma explicação. Então, sigamos a ela.


É irrefutável a importância que os sites de relacionamento têm para o entendimento do novo conceito de interação e até mesmo de internet de relacionamento. É através deles que grande parte – senão a maioria – dos adolescentes do mundo, passam pelo seu primeiro estágio de maturidade, pela criação de um método de se relacionar e de trocar informações e se mobilizar. Mas, tamanha importância não foge à análise da circunspeção em que se encontram os sites de relacionamento: o ambiente virtual.


Possuir um perfil – real o falso – e agregar a ele outros mil contatos, não cria uma forma de interação verdadeira e efetiva. Cria-se apenas uma identidade caçada num avatar, onde a leitura do eu real está longe da realidade. Isto se dá pela dificuldade que qualquer ser humano tem em lidar com sua multifacetada personalidade.


A partir desta constatação, pode-se jogar luz sobre a distância entre o mundo virtual, onde as relações são bem mais supérfluas e superficiais, do mundo real, onde a relação entre seres requer o uso de todas as habilidades inerentes ao ser humano, no jogo estratégico que permite às sociedades construírem relacionamentos sólidos e códigos morais que nortearão sua existência.


O mundo virtual é, sem dúvida, um puta tesão onde tudo é permitido e eu sou muito mais que aquele que me olha no espelho. O problema é que, ao fechar o lap top, o mundo real é aquilo que me rodeia e exige que eu tenha inteligência, habilidade e sensibilidade suficientes para garantir a humanidade das minhas ações, ainda não traduzidas em bites e bytes.

2 comentários:

Ianis disse...

UBERLÂNDIA-MG, 14 de dezembro de 2009.

Prezado Luciano,

E a resposta também poderá ser "SIM", pois trata-se de uma nova modalidade de expormos - a quem interessar possa - nossos pensamentos, ações, talentos, dons... ou infinita comiseração pessoal.

Houve uma época em que registrávamos isso nas paredes das cavernas, em ícones que retratavam o dia-a-dia. Posteriormente, hieróglifos em tecidos, madeira, pedra e até no antiquado papel.

A questão entre "virtual" e "real" é hermenêutica pura. Diz o velho ditado que - a palavra uma vez proferida... Atualizando, a palavra uma vez gravada/grafada, proferida está, seja lá em que mídia for.

O "onde tudo é permitido" no contexto virtual tem suas delimitações em regras bem reais, até mesmo em terminologia tão quão sofisticada: "Cyberbullying". uh!!!

Enfim, vivemos a era da exposição muito além da "figura", tal qual fomos Criados, e nos esforçamos para nos moldar segundo esteriótipos que sequer conseguimos compreender, mas, se é moda, vamos segui-la... até mesmo a moda em TENTAR nos expressar em resumidos 140 caracteres.

Já tweetaste hoje ?! Sim, claro.

Afinal, és ou não - mais que um profissional, um "aficcionado" - ou seria aficionado - da comunicação ?!

Atenciosamente,
Janis Peters Grants.

Juliana S. Barros disse...

Meu amigo de fé meu irmão camarada. Em outro momento eu vou me referir ao seu texto porém estou deixando recados em todos os seus contatos pois não consigo falar com você amor. Precisamos nos falar pra programar nossa viajem pra Fortaleza, já estou com as passagens compradas... esperando somente você dar sinal de vida... onde estara o Beregeno? Atende o telefone sua praga rsrs te amo bjs
Sua Amiga Juliana Barros.

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Bem, sou um cara simples, buscando coisas simples, mas com muita peculiaridade... Como Jornalista levo a sério meu trabalho e, sem falsa modéstia, o faço muito bem feito. Não tomem isso como arrogância ou prepotência. É que respeito minha profissão, muitas vezes mais que o próprio ser humano. Gosto de ser Jornalista, amo a profissão e a ela me dediquei a vida toda e me dedicarei enquanto me fôr possível exercê-la ou ela exercer seu fascínio sobre mim. Para mim, ser Jornalista, é uma honra! Mas não se engane... faço o que tem que ser feito, e não o que a maioria gostaria que eu fizesse!