terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Cinismo bomocista


Demorou, mas aconteceu!

O PHS (o partido do candidato a vice-prefeito Íris Gonzaga), através da executiva nacional, fez o que era pra qualquer outra instituição ter feito, porém sem conotação política: pediu a suspensão da eleição baseado no cerceamento de voto. Isso aí! Ou seja, se todo mundo não puder votar como manda o princípio da universalidade do voto, que ninguém vote então!

O pior é que não ta errado não. Particularmente eu acho certíssimo. Eleição é eleição e quem pode votar deve votar. Esse negócio de dizer que só quem votou em 2004 pode votar agora me parece viagem de maconha mofada. É de extremo mau gosto e ilegal. Mas, quem mandou foi o TRE que, apesar de todas as trapalhadas e sandices, ainda é o TRE/GO...

É que não cheira bem e deixa no ar o gostinho de manobra eleitoral pra ganhar tempo e fazer mais campanha ou ainda, evitar a eleição e perpetuar na prefeitura o acordão entre grupos. Pegou mal e muito. Inegável isso. Ficou esse fedorzinho no ar.

Que se defendesse o direito ao voto tudo bem, mas precisava ser o partido do candidato a vice da coligação que mais tarde começou a campanha, face as birras dos caciques, manobras escusas, apego ao poder por parte dos velhos xamãs e os “cagaços” de consultores jurídicos muito, mas muito despreparados? Aí ninguém merece né...

Será que Caldas Novas é uma terra tão debilitada onde não existam entidades estudantis com um mínimo de cérebro – mesmo que estupidamente afetado pelo excessivo consumo de CC (cannabis e cachaça) – que poderiam ao menos fingir que se interessam pelos direitos coletivos? Ou ainda, entidades de classe realmente antenadas na defesa dos interesses da sociedade? Arre, assim, ta feia a coisa. Fica muito cacique pra pouco índio na cada vez mais República da 4ª Série de Caldas Novas. Não dá pra engolir, ah não... O povo aqui acha importante só o verde, verde, verde... vai todo mundo morrer entupido de clorofila... Deus me perdoe!

Aí eu resolvo então ler a petição inicial da Ação Direta de Inconstitucionalidade número 4018, ajuizada pelo PHS no Supremo tribunal Federal. Eis que durante a leitura me deparo com um argumento não menos impressionante e cínico que o do ministrinho Mantega do Lula, ao anunciar no início do ano o aumento dos impostos, após a promessa do governo no final de 2007 de que tais aumentos não seriam praticados. O PHS alega que, acompanhe o raciocínio comigo, por favor, “ por só poderem votar agora aqueles que votaram em 2004 e que estejam aptos para tal, um eleitor, hipoteticamente falando, que tenha transferido seu título para a cidade e tenha se filiado a um partido depois de 3 de outubro de 2004, poderia se candidatar mas não poderia votar em si mesmo e que, devido a essa impossibilidade de se votar em si mesmo, muitas pessoas que desejavam ser candidatas, não o foram por estarem impedidas de votar em si mesmos (item 3.6 da inicial)”. Aí eu pergunto: como é que é?????

Quem queria ser candidato e não podia votar em si mesmo??? Quem seria esse ou essa famoso ninguém?? Pelo que vi, todos os pretensos candidatos já são figurinhas carimbadas e conhecidas do eleitor. Isso, por si, já torna o argumento cinicamente cínico.

Poderiam ter evitado essa fábula na inicial, já que se o STF acatar o pedido do PHS ( e tem tudo para fazê-lo porque o pedido é legítimo), a Justiça Brasileira pelo menos aos olhos dos poucos que sacam o jurismundo, terá feito papel de tola útil e cabo eleitoral!

Mas, deixemos que o Supremo se entenda com o PHS e que venha como for... eu, do meu lado, continuo afirmando que política é algo extremamente interessante!!!


Fuiz, volto depois tá?
Inté....




Fica trsite não que já já eu tô aqui vomitando travêis...





;-)

Um comentário:

Maria J. T. Lima disse...

Olha só isso, parece até que se irritou ao escrever este texto...rsrs
Passei só pra fazer uma visitinha!
Bjos

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Bem, sou um cara simples, buscando coisas simples, mas com muita peculiaridade... Como Jornalista levo a sério meu trabalho e, sem falsa modéstia, o faço muito bem feito. Não tomem isso como arrogância ou prepotência. É que respeito minha profissão, muitas vezes mais que o próprio ser humano. Gosto de ser Jornalista, amo a profissão e a ela me dediquei a vida toda e me dedicarei enquanto me fôr possível exercê-la ou ela exercer seu fascínio sobre mim. Para mim, ser Jornalista, é uma honra! Mas não se engane... faço o que tem que ser feito, e não o que a maioria gostaria que eu fizesse!